Sergio Casoy Ópera

Sergio Casoy explica cada elemento envolvido no espetáculo - orquestra, coro, regência, balé, direção de cena. E, para ninguém ter mais dúvidas sobre o assunto, ele nos elucida, finalmente, a famosa classificação das vozes líricas, sistematizada no Tratado Completo da Arte do Canto, escrito em 1847 por Manuel Garcia Jr., um barítono que, de quebra, inventou o laringoscópio. 'Causos' envolvendo Maria Callas, Titta Ruffo, as maneiras rudes do público italiano do século XVIII e o estrelismo dos divos e divas do passado ajudam a ilustrar cada item da obra.

Neste áudio, é possível conhecer a história do surgimento da ópera em 1597, suas mudanças e evoluções até 1630, quando surge o primeiro teatro pago. Também é retratada a pré-história da ópera, em estudo do panorama musical da Florença no final da Renascença, que através de seus espetáculos característicos - como o Intermédio e a Comédia Madrigalesca - preparou o cenário adequado para que o círculo de inquietos intelectuais lançasse as bases da nova proposta de espetáculo que reunia, de forma integrada, teatro, canto e música orquestral.

O livro Ópera em São Paulo 1952-2005 é uma detalhada retrospectiva de todas as temporadas líricas na cidade. Sergio Casoy relembra, temporada a temporada, de 1952 a 2005, todos os espetáculos de ópera realizados em São Paulo, com fichas técnicas detalhadas que trazem informações sobre cantores, maestros, diretores, teatros. Estão contempladas todas as óperas representadas, encenadas ou em forma de concerto, nos vários espaços paulistanos: desde os teatros mais tradicionais até casas particulares, clubes, estádios etc. O livro é enriquecido por entrevistas feitas pelo autor com importantes personalidades do mundo lírico de São Paulo: o crítico João Câncio Póvoa, o soprano Niza de Castro Tank, Vicente Amato Filho, atual dirigente da APAA, o empresário Roberto Gagliotti, o maestro Jamil Maluf e o historiador e o jornalista Lauro Machado Coelho. É um livro fundamental para a memória da ópera brasileira.

Em seu novo livro Contos de Óperas Cantos, Sergio Casoy, mais uma vez, leva o leitor a passear pelo mundo mágico da ópera, através de uma série de ensaios produzidos para os programas de sala dos principais teatros do Brasil, que abrangem óperas italianas, francesas, alemãs, inglesas, americanas e brasileiras. Sob a forma de crônicas bem-humoradas e muitas vezes divertidas, ficamos sabendo da gênese daquelas partituras, das condições que cercaram suas criações e de certas particularidades da vida dos compositores. O livro traz ainda, em seu capítulo final, artigos sobre concertos corais e sinfônicos.

Seus amigos até se esquecem de que ele é engenheiro e, durante muitos anos, foi empresário. Para eles, Sergio Casoy dedica-se à ópera – e pronto! Ler as páginas deste Óperas e Outros Cantares é reencontrar, em cada uma de suas páginas, o eternamente bem-humorado dono daquela voz inconfundível, que você escuta nos programas que ele faz para a Rádio Cultura, sempre pronto a dividir com os amigos a sua experiência, acumulada ao longo de muitos anos de paixão pela música e, muito especialmente, de fascínio pelas possibilidades da voz humana. “Pesquisador de música lírica”, a fórmula com que Casoy se identifica, ao assinar seus artigos, é demasiado formal para descrevê-lo. Ele é um fã, um admirador profundo, mais do que isso, um viciado em ópera. E dos frutos desse vício, semeados aqui e ali, podem agora desfrutar os que compartilham da mesma paixão, nesta coletânea que a editora Perspectiva publica em sua coleção Debates. Ler Óperas e Outros Cantares é ter o encontro com todos os aspectos da atividade de Sergio Casoy voltada para a música: o autor de sedutores textos de apresentação em programas de espetáculos; o palestrante e professor que, amorosamente, redescobre, juntamente com sua audiência, as obras-primas do repertório; o radialista que conquista seu público com a maneira descontraída com que abre para eles as portas dos assuntos mais complexos. E, antes de mais nada, o verdiano de quatro costados que, em “Conflitos entre Pais e Filhos nas Óperas de Verdi”, faz uma reflexão das mais pertinentes sobre um aspecto muito relevante na dramaturgia desse grande operista. Mas, principalmente, quem passear por estas páginas estará sendo admitido no mais íntimo recesso da personalidade de Sergio Casoy: aquele em que estão guardados seus discos, suas óperas, suas lembranças de uma vida inteira de devoção à música, ao canto. <em>Lauro Machado Coelho</em>

Acompanhe conosco, os primeiros anos de Giuseppe Verdi, sua infância e adolescência, seus primeiros passos como compositor, seus primeiros sucessos e fracassos, sua visão do teatro lírico e das vozes como seu veículo. Conheça a história de seu drama familiar, da perda prematura dos filhos e da esposa, e sua titânica volta ao mundo da criação musical. Aqui, veremos em detalhes a primeira das três fases da carreira composicional de Verdi, analisando cada uma das suas primeiras quinze óperas, as quais consolidaram o caminho para que ele se tornasse, ao fim de uma trajetória de 54 anos, o compositor de óperas mais importante da história da música italiana.

Neste livro coletivo organizado por João Luiz Sampaio, Sergio Casoy escreve o primeiro dos 10 artigos relativos à situação da ópera no Brasil nos dias de hoje. Seus colegas são Heloisa Fischer, Nelson R.Kunze, Lauro MAchado Coelho, Leonardo Martinelli, Roberto Duarte, João Batista Natali, Irineu Franco Perpétuo, João Marcos Coelho  e Renato Rocha Mesquita.